segunda-feira, 3 de outubro de 2016

Eterno observador...

Ser observador...

Ser observador do mundo a sua volta...
dos sinais que as pessoas te passam propositalmente ou sem querer...
assim eu observo. Observo todos os olhares curiosos, de desdém, interessados, olhares.

Olhares que me passa tantos, inúmeros sentimentos e que de uma forma ou de outra eu preciso lidar de forma que todos, todos participem das atividades propostas em sala de aula. 

Sim, porque preciso avaliar e dar notas. 

Mas acredito que não é todo mundo que simpatiza e tem habilidades com as artes visuais... seja pra desenho, montar uma maquete ou simplesmente criar objetos usando massinha ou argila. 

Sim... pessoas e pessoas. Afinidades e afinidades. 

Mas, na escola a gente sabe que não tem muito disso. Mas mesmo assim, tento sugar ao máximo do que cada um consegue contribuir para o trabalho final.

Gosto muito de trabalhos coletivos onde todo mundo tem  oportunidade de exercer algum tipo de função. Chance de realizar algo que talvez não seja pintar e sim misturar cores, distribuir pincéis, lavar os pincéis, espalhar jornais, ficar responsável por riscar o desenho original, dentre outras mil tarefas que muitos preferem fazer ao invés de pintar. 

Não é de todo mal. Tiro por mim que odiava fazer caixas de placas de argila no Veiga Valle (Goiânia-Go) e fui obrigada a fazer isso de novo na faculdade (FAV-UFG) na disciplina de Tridimensionalidade. Queria morrer as vezes ao fazer tais caixinhas chatas de argila. 


Viu só? 

Até a professora de artes não gosta de fazer algo do currículo dela. E isso é muito normal.

Mas quando os alunos não possuem destreza suficiente, habilidade, muitos nunca tiveram tal experiência, o resultado é tão maravilhoso, e o processo mais ainda. 

É fantástico ver o pavor no olhar quando a tinta simplesmente escorre porque se pegou tinta demais, quando sujam as mãos e ficam apavorados me perguntando sem parar: "tia, essa tinta sai da mão?", bem, sai. rsrs. Não é tinta de tatoo, rsrs. Mas, percebo que tais medos, ansiedades e perguntas sem pé nem cabeça saem de pessoinhas que estão descobrindo uma nova experiência, uma nova sensação. 

Então caio em mim e me perdôo por tratá-los de forma débil quando deveria tratar de forma como uma educadora que educa uma criança nos primeiros passos. 

Porque as vezes agimos assim? Por as vezes não acreditarmos que existem centenas de professores que preferem passar um texto, ou uma atividade dentro de sala de aula, de forma que não percam o controle da turma, não se estressam, não transpirem. 

Cara, é a única justificativa que encontro. Porque material, ah, man, eu sempre consigo. Sempre dei meus pulos. De uma forma ou de outra. Já comprei tinta, materiais com o dinheiro do meu bolso em diversas ocasiões, e não, não sou boazinha. Sou professora! E necessito ver meus alunos aprenderem mais e de diferentes formas. Se não tem material, se vira. Dá seu jeito. 

Já cansei de fazer rifas, sorteios, bazares, e até paguei do meu bolso. Não, nunca me arrependi. e quando saio das escolas, ninguém continua. É triste, muito triste, mas, a minha alegria é ver que deixei uma bela marca em todos, ou quase todos, de que podemos fazer mudanças, através da arte em todo âmbito do espaço escolar. 

Mudar vidas, comportamentos, atitudes... olhares.

Amooooooo comparar olhares do início da nossa convivência com o final.

Que mudança. 
Que sensibilidade. 
Quanto amadurecimento. 
Quanta saudade. 

Enfim encontrei um lugar que talvez me demore por aqui. E vou tentar aproveitar ao máximo e enfim passar dessa fase do início que nunca passei em todas as escolas que passei, onde fomos interrompidos por contratos quebrados, licenças suspensas, carteiras (des)assinadas. 

Enfim... vamos juntos descobrir mais do que podemos fazer...

e vendo nossas marcas nesses muros... 

nunca vamos nos esquecer do nosso potencial enquanto aprendiz...

aprendiz da vida! 









Passo a passo - Aula sobre Arte Rupestre

Professoras e professores de plantão...

então...

Resolvi criar uma série sobre alguns planos de aula que executei e deram muito certo...

O primeiro vídeo é sobre Pré-História.



O que acham do formato?
Se aprovarem, farei mais com outros temas. 

Abraço forte!
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