quinta-feira, 15 de março de 2012

A LIBERDADE COMO MÉTODO


A LIBERDADE COMO MÉTODO
Um projeto moderno em ação “pioneira” de ensino da arte
Uma proposta para museus goianos – pensando no público Surdo de Goiás
Priscila de Macedo Pereira e Souza
Graduanda em Artes Visuais - Licenciatura (UFG/FAV – Faculdade de Artes Visuais)
Resumo
Partindo da idéia desenvolvida no MASP, Museu de Arte em São Paulo, e do texto de Ana Mae Barbosa, “A liberdade como método: um projeto moderno em ação “pioneira” de ensino da arte no Museu de Arte de São Paulo”, o trabalho feito com foco no Museu de Arte de Goiânia, desenvolve um projeto que visa o treinamento de equipes especializadas, podendo ser nomeados arte-educadores-intérpretes, que estivessem aptos a trabalharem como mediadores em museus goianos, onde levantamos a hipótese de que os Surdos e ouvintes não tem a mesma cultura “artística” e pulsante como na Capital paulista, mas, que tem uma comunidade Surda, ativa e curiosa que, sem essa acessibilidade, gratuita e satisfatória, não consegue absorver e se integrar no mundo dos museus, contemporâneos, históricos e outros, ou seja, num contexto cultural de sua própria cidade e estado. Como trabalho de campo, para investigação e constatação da deficiência com relação a mediação nos espaços museológicos em Goiânia, capital goiana, escolhemos analisar a realidade de vários museus, e focamos nossos estudos no Museu de Arte de Goiânia. Lembrando que essa pesquisa não questiona o museu em si, mas, a liberdade de se trabalhar em um órgão sem as devidas ferramentas, treinamento, especificidades e profissionais de fato capacitados para atender o público Surdo, que tanto tem crescido na região. Abordamos a questão do clube infantil de arte, criado no MASP por Suzana Rodrigues e também a questão das crianças Surdas e, como seria importante na vida dessas crianças se pudessem ter as mesmas experiências de uma criança ouvinte, como ocorreu no clube infantil no MASP, o que não ocorre nos museus de Goiânia de forma satisfatória e, de fato observada. E, mesmo sendo a “livre-expressão” parte da utopia modernista de um mundo melhor a ser alcançado, o respeito à individualidade de cada um, alto-conhecimento e assim seguindo para um conhecimento mais amplo, e vice-versa é fascinante, quando podemos nos expressar com mais liberdade, nos sentimos mais interados do nosso meio, para as crianças isto ajuda em seu desenvolvimento social e pessoal. Sendo assim, a presença de não só um intérprete de Libras, mas, um mediador apto a falar diretamente e claramente a esse público seria fascinante e de fato diminuiria esse déficit alarmante no qual presenciamos nos espaços culturais, em todo o país, principalmente, não promovendo de fato, a acessibilidade, tão sonhada e buscada por nós.
Palavras-chave: Museus, Mediação, Surdos, Artes, Acessibilidade.

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