sábado, 21 de abril de 2012

Criando Arte Postal....

Criando Arte Postal....

 
Mail-Art ou Arte Postal é uma rede internacional de artistas plásticos que utilizam meios de comunicação como meio artístico. 

Os artistas postais criam seus desenhos, colagens, carimbos e divulgam sua arte pelo correio, ou e-mail, em vez de utilizar as vias institucionais, como museus ou galerias. 

Na Arte Postal, a produção, o envio e a troca do produto são inseparáveis. Arte Postal, portanto, é tanto a criação de um produto artístico quanto um ato social. Podemos dizer que o maior interesse da Arte Postal não está na sua produção, mas na estrutura de interação envolvida no processo. Sua força reside, principalmente, na rapidez com que as idéias viajam entre os artistas de todo o mundo. 

Arte Postal funciona também como uma proposta alternativa para a divulgação das obras de arte, oposta a um empreendimento comercial, por não envolver nenhum lucro financeiro.

Além disso, essa forma de arte não procura promover a criação de uma única cultura mundial; ao contrário, Mail Art demonstra que o respeito pelas idéias divergentes pode ser um instrumento poderoso na aceitação e na interação criativa entre as diferenças culturais.

Eu... tentando criar um para mandar para o amigo Diogo Hamlet!
Espero que goste meu amigo... 







terça-feira, 27 de março de 2012

Um pouco da Arte Popular...

Encontrada por ai...


De acordo com Canclini (1999)

“A redefinição do que é hoje popular requer uma estratégia
de investigação que seja de abranger tanto a
produção quanto a circulação e o consumo. Se as feiras
de artesanato das grandes capitais aumentam a cada
dia, significa que o consumo e a circulação estão sendo
impulsionados. Tal incentivo à produção artesanal
encontra sustentação em um sistema social que a
incentiva, apesar da produção material e simbólica das
culturas tradicionais pelo consumo urbano”


















Feira da Lua - Goiânia - GO

















Campo Grande - Mato Grosso do Sul










Mercado Central - Goiânia - GO


A arte popular nunca participou da historiografia da arte erudita.

Mesmo em países como o México, cujas tradições de criatividade popular são tão respeitáveis e tão antigas, a arte popular ficou fora da história da arte nobre, apesar de encontramos referências da cultura popular e de arte popular nos campos da sociologia, antropologia e história.

Em 1846 surge o neologismo folk-lore (saber do povo), campo de estudos até então identificado como “antigüidades populares” ou “literatura popular”. Em 1870 é fundada a Folklore Society na Inglaterra. Novo espírito que procura definir o estudo das tradições populares como ciência. Os Antiquários: autores dos primeiros escritos que no séc. XVII retratavam costumes populares com uma concepção de pesquisa, tendo como características: coleção, classificação, diletantismo e a valorização moral do popular. Trabalho exclusivo com fontes pri- márias não literárias.


Jules Michelet define a idéia de popular como o que é autêntico e erudito como o que é artificial identificando o espírito do povo como o verdadeiro espírito da nação. O nacionalismocomo fomento da Revolução Francesa. O romantismo é o meio fundamental da expansão de uma concepção de mundo e do homem formulada no século XIX. Individualismo qualitativo - expressa a natureza humana pela sua singularidade e liberdade. Os românticos são os primeirosa enfatizar a particularidade e a singularidade das sociedades históricas, e a perceber a importância da especificidade cultural do Oriente e da Idade Média Européia. Em sua própria sociedade os românticos valorizam a diferença e o contraste. O povo torna-se objeto de interesse para estes intelectuais. Esse movimento amplo de descoberta do popular tem raízes estéticas, intelectuais e políticas.

Construir sobre a singularidade das expressões culturais do povo, a singularidade de cada nação. O artista deve expressar a individualidade coletiva. O povo é para os intelectuais, natural, simples, inculto, instintivo, irracional, enraizado nas tradições e no solo da sua região.
Para os estudiosos do séc. XIX a cultura folk sofria a ameaça de desaparecimento em função do avanço da industrialização e modernização da sociedade.

Estabelece um conceito mais democrático de cultura e de intelectual, que diminui o fosso entre o popular e o erudito e o coloca de forma diferente. Critica o historicismo na vertente Francesa - Annales: “a história não é uma tapeçaria que se faz com “pontinhos”, ela só tem sentido se for uma história problema”. Nesta reformulação conceitual coloca-se a interdisciplinariedade como elemento fundamental de renovação e lança-se as bases da história
das mentalidades na aproximação da antropologia com a psicologia e a história.
Aproximação da história com a etnologia. Tensão entre o conceito de mentalidade e o de cultura popular. Uma perspectiva que se quer democrática, na qual se suplantam as diferenças de classe e se busca um enfoque de interclasse, onde não faria mais sentido o purismo dos Grimm. É uma perspectiva democrática, de aproximação de níveis culturais diversos.
Mandrou diz que as classes subalternas não conseguiram moldar uma consciência de classe porque desenvolveram uma cultura alienante.
De acordo com Canclini “A redefinição do que é hoje popular requer uma estratégia de investigação que seja de abranger tanto a produção quanto a circulação e o consumo. Se as feiras de artesanato das grandes capitais aumentam a cada dia, significa que o consumo e a cir- culação estão sendo impulsionados. Tal incentivo à produção artesanal encontra sustentação em um sistema social que a incentiva, apesar da produção material e simbólica das culturas tradicionais pelo consumo urbano”.
Já os integrados essa cultura de massa traz renovações culturais fruto das transformaçoes da nova era industrial. Para Eco já não existem mais diferenças entre tipos de cultura, uma vez que para sermos realistas, tudo hoje é cultura de massa: do folclore, passado pela cultura popular, à cultura erudita.

Na contemporaneidade o enfoque dado à cultura popular preocupa-se com a interrelação de saberes diversos; preocupa-se com a perpetuação de formas culturais; faz com que o historiador fique atento à questão das intermediações e dos filtros. A reaproximação da história com a etnologia propiciou a visão da cultura popular como um tráfego de mão dupla - onde a idéia de purismo não faz mais sentido - mas é fecunda a idéia da circulação dos níveis culturais, que devem um tributo tanto ao marxismo como à antropologia.
As duas tradições “puras” (a popular e a clássica) foram-se diluindo paulatinamente, misturando-se entre si, transformando-se ao longo do processo, gerando uma multiplicidade de formas, tanto orais como escritas e, finalmente eletrônicas (como a cultura de massa), circulando pelas várias camadas sociais da população dos países europeus e latino americanos até os dias de hoje. As idéias desenvolvidas pelos alemães na passagem do século XVIII para o século XIX tiveram uma enorme influência sobre o conceito de cultura popular tal como ainda encontramos hoje em dia. Mas é chegada a hora de uma revisão, e muitos o vêm fazendo. Portanto, a permanência deste assunto no currículo de artes, não nos parece uma preocupação anacrônica com estas questões.

Autora: Lêda Guimarães

Módulo 8
Arte e Cultura Popular: variações em torno da construção de conceitos e valores



quinta-feira, 15 de março de 2012

A LIBERDADE COMO MÉTODO


A LIBERDADE COMO MÉTODO
Um projeto moderno em ação “pioneira” de ensino da arte
Uma proposta para museus goianos – pensando no público Surdo de Goiás
Priscila de Macedo Pereira e Souza
Graduanda em Artes Visuais - Licenciatura (UFG/FAV – Faculdade de Artes Visuais)
Resumo
Partindo da idéia desenvolvida no MASP, Museu de Arte em São Paulo, e do texto de Ana Mae Barbosa, “A liberdade como método: um projeto moderno em ação “pioneira” de ensino da arte no Museu de Arte de São Paulo”, o trabalho feito com foco no Museu de Arte de Goiânia, desenvolve um projeto que visa o treinamento de equipes especializadas, podendo ser nomeados arte-educadores-intérpretes, que estivessem aptos a trabalharem como mediadores em museus goianos, onde levantamos a hipótese de que os Surdos e ouvintes não tem a mesma cultura “artística” e pulsante como na Capital paulista, mas, que tem uma comunidade Surda, ativa e curiosa que, sem essa acessibilidade, gratuita e satisfatória, não consegue absorver e se integrar no mundo dos museus, contemporâneos, históricos e outros, ou seja, num contexto cultural de sua própria cidade e estado. Como trabalho de campo, para investigação e constatação da deficiência com relação a mediação nos espaços museológicos em Goiânia, capital goiana, escolhemos analisar a realidade de vários museus, e focamos nossos estudos no Museu de Arte de Goiânia. Lembrando que essa pesquisa não questiona o museu em si, mas, a liberdade de se trabalhar em um órgão sem as devidas ferramentas, treinamento, especificidades e profissionais de fato capacitados para atender o público Surdo, que tanto tem crescido na região. Abordamos a questão do clube infantil de arte, criado no MASP por Suzana Rodrigues e também a questão das crianças Surdas e, como seria importante na vida dessas crianças se pudessem ter as mesmas experiências de uma criança ouvinte, como ocorreu no clube infantil no MASP, o que não ocorre nos museus de Goiânia de forma satisfatória e, de fato observada. E, mesmo sendo a “livre-expressão” parte da utopia modernista de um mundo melhor a ser alcançado, o respeito à individualidade de cada um, alto-conhecimento e assim seguindo para um conhecimento mais amplo, e vice-versa é fascinante, quando podemos nos expressar com mais liberdade, nos sentimos mais interados do nosso meio, para as crianças isto ajuda em seu desenvolvimento social e pessoal. Sendo assim, a presença de não só um intérprete de Libras, mas, um mediador apto a falar diretamente e claramente a esse público seria fascinante e de fato diminuiria esse déficit alarmante no qual presenciamos nos espaços culturais, em todo o país, principalmente, não promovendo de fato, a acessibilidade, tão sonhada e buscada por nós.
Palavras-chave: Museus, Mediação, Surdos, Artes, Acessibilidade.

QUEM FOI JOAQUIM EDSON DE CAMARGO? UMA REFLEXÃO ACERCA DA HISTÓRIA DA NOSSA ESCOLA


Amaury Barbosa de Amorim
Monique de Jesus Vieira Coelho dos Santos
Priscila de Macedo Pereira e Souza


Resumo: O trabalho "Quem foi Joaquim Edson de Camargo? Uma reflexão acerca da história dannossa escola" esta relacionado com o Estagio Supervisionado I, do curso de Artes Visuais Licenciatura da FAV-UFG.
Foi através desta disciplina que tivemos o primeiro contato com a escola. Nossa proposta de trabalho teve o objetivo de compreender e analisar o espaço escolar, o surgimento deste espaço, e a importância deste para a contribuição do ensino; enfatizamos assim a historicidade da escola, e a repercussão desta no processo de ensino nos dias atuais.
Assim em nossa pesquisa buscamos solucionar alguns questionamentos tais como: quando surgiu esta instituição de ensino, qual o motivo para a criação desta, onde foi criada a escola inicialmente, de onde nasceu o nome da escola, e o porquê desse nome.
A importância está em repensar este espaço, analisando historicamente a contribuição da sociedade na formação deste ambiente de ensino, assim como a contribuição da escola na formação das pessoas que moram na proximidade desta.
A nossa proposta buscou estimular o contato dos alunos com o ambiente educacional assim como o meio em que esta escola esta inserida, mostramos como esta foi criada, onde foi criada inicialmente, porque foi criada neste local, a importância da sociedade na criação deste espaço, destacamos parte da historia para que eles pudessem analisar e a partir daí, estimular um olhar crítico sobre um ponto relevante do cotidiano deles e a relação com a historicidade do ambiente escolar.
A partir de visitações aos Museus MIS, Antropológico da UFG e Zoroastro Artiaga, procuramos levar os alunos a entenderem como funciona o trabalho de levantamento de dados, pesquisa, fotografia, registro, dentre outros, e buscamos a partir de algumas informações, levantar a história da escola e apresentá-la a comunidade escolar e local.
Inquietamo-nos com a falta de informação da maioria na escola com relação à história da mesma e conseguimos em apenas um semestre levantar essa historia através de entrevistas com moradores da região, alguns de outros estados, que se mudaram posteriormente a construção e inauguração oficial da escola em 1968.
A escola apoiou a ideia e conseguimos, enfim, construir um projeto de reflexão acerca da história da escola estadual Joaquim Edson de Camargo, em 2009.

Palavras-chave: Pesquisa. Memória. Educação. Museus. Arte Contemporânea.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

O Cristão é alguém cuja imaginação deve voar além das estrelas


Nossas vidas são obras de Arte!


Somos livres. 

    Somos livres pra criar, contanto que não esqueçamos que somos escravos de Jesus.

    Lendo o livro de Francis A. Schaeffer, “A Arte e a Bíblia”, o autor encoraja os artistas (todos nós) a levarem a sério o senhorio de Jesus Cristo em cada aspecto de nossas vidas criativas. Alerta-nos que nossa luta criativa deve durar a vida inteira.

    Há quem diga que as artes e a Bíblia não têm muito a ver. Mas, observando as Escrituras encontrei as artes em Êxodo 37.7 quando Deus descreve tecnicamente naturezas-mortas, animais, e cores fantásticas como as obras de Matisse, como romãs azuis, em Êxodo 28.33. Vemos a arte na planta que Davi entregou a Salomão em 1Cr 28.11-12. Pedras preciosas, querubins, frutos e flores. E com qual objetivo? Ornamento. Deus gosta de beleza, Ele simplesmente queria beleza no templo. Deus se interessa por beleza.

    Música, Artes Plásticas, Design, Poesia, Teatro e Dança. Todas essas linguagens são mencionadas na Bíblia e todas são do interesse Dele que as criou e nos ensinou a admirá-las.

    E a arte cristã? A arte cristã dos dias atuais deve ser uma arte do século atual. A arte muda; a linguagem muda. E se a arte do Cristão não for uma arte do século atual, ela se tornará um obstáculo que o impedirá de ser ouvido. Vale a pena criar obras com base nas grandes obras já criadas por Deus. O cristianismo não está comprometido apenas com a “salvação” do homem, mas com o homem todo no mundo todo. A mensagem cristã começa com a existência eterna de Deus e, então, com a criação. Ela não parte da salvação. Devemos ser gratos pela salvação, porém a mensagem cristã é mais abrangente. O ser humano tem valor por ser feito à imagem de Deus e, portanto, é um tema importante para a arte cristã. O ser humano como tal – com suas emoções, seus sentimentos, seu corpo, sua vida – é um tema importante para a poesia e as narrativas.

    Por Deus ter criado o homem de forma individual à sua imagem e por conhecer o indivíduo e se interessar por ele, o homem individualmente é digno de ser retratado na pintura e na poesia.


    Mas, lembre-se: nenhuma obra de arte é mais importante que a própria vida do cristão e todo cristão deve se preocupar em ser um artista nesse sentido. Toda a pessoa tem o dom da criatividade no que diz respeito à forma como vive a sua vida. Nesse sentido, a vida do cristão deve ser uma obra de arte. 
A vida do cristão deve ser algo verdadeiro e belo em meio a um mundo perdido e desesperado.


Priscila de Macedo P. e Souza
Artista, Cristã e Obra-prima de Deus