domingo, 27 de novembro de 2011

Crianças e a sua individualidade...

Numa nova experiência em uma outra cidade sou professora, de crianças, meninas, de 3 á 12 anos, numa tarde de domingo, das 14hs as 15hs.

Tudo é muito bom.

Elas correm, perguntam, pulam, gritam, cantam, puxam o cabelo umas das outras e logo voltam a ser amigas.

Certa vez pensei: "Vamos fazer uma gincana!"

Alegria geral!

Mas, no dia da tal gincana, dividi assim as meninas em dois grupos. Um "A" e um "B".
Tudo certo.
Na hora da brincadeira, começou a guerra: "Se vc acertar mais uma vez, vc vai ver só!"

Nossa, tenso. Vi que o espírito de competição transformava as meninas que antes sóbrias, doces e desatentas, as transformou em feras, competidoras, crueis. Que medo!

Então, hoje, com uma nova idéia em mente, parti pra individualidade. Sem prêmios, só diversão. Mas, elas preisavam competir, mas, por elas próprias, sem grupo, sem dupla. Cada uma por si.

Comprei dessas bolinhas para decoração de vasos que crescem na água, e levei uma psicina. Joguei-as na agua e expliquei as regras: Deveriam pegar o máximo de bolinhas possivel em 30 segundos. Assim, cada uma na sua individualidade conseguiu realizar o pedido sem reclamações, sem medo de ser feliz, rindo atoa, felizes.

Na próxima aumentei o grau de dificuldade: Cada uma escolheu uma cor e assim, deveria pegar o maximo possivel daquela cor. Quem pegasse mais ganharia. Nesse momento, elas começaram a ser solidárias uma com a outra, ajudando a outra com a cor que havia pegando por engano ou intencionalmente.

Interessante. Prossegui com essa dinâmica até o fim da brincadeira e não houve nenhum desintendimento, nenhuma reclamação, nenhuma mutilação, nenhuma morte ou choro.

EUREKA!

As crianças seriam extra-terrestres? Inacreditável! Quando precisam estar unidas não o são, e quando não devem fazê-lo, acabam fazendo.

Seria algum tipo de comportamento contrário? Coisa de ser humano mesmo.
Seria algo como companheirismo de idade, de fases?

Bem, de acordo com estudiosos como Piaget, Freud, Wallon, Skinner... As crianças tem fases, períodos, estágios, e outros, mas... observando essas meninas, com diferentes idades, diferentes contextos, diferentes cabecinhas, em diferentes fases, períodos, estágios e outros, conseguem realizar diferentes atividades imitando os gestos, palavras, discursos umas das outras.

Concordo com Vigotsky quando diz que aprendemos com o social, um com o outro mais capaz. O comportamento delas é assim. Mesmo sendo mais novas, elas observam os movimentos das mais velhas e o fazem, entendem como é e socializam tais conhecimentos com total desenvoltura, mesmo não dominando totalmente o conteudo, mas, se portam como elas.

Até as pequenas de 4 anos, mesmo com a timidez, medo de não serem aceitas, começam a se soltarem, a se aventurarem a fazer o mesmo que as mais velhas. Conviver tem sido um aprendizado pra elas. Que crescem, se desenvolvem, conseguem realizar mais atividades em conjunto, com harmonia e com consciência. São solidárias, percebem a dificuldade da outra e mesmo, talvez com um sentimento de piedade (esboçado em seus rostinhos) pela outra incapaz, mais nova, menor, ou mesmo da mesma idade, mas um pouco mais lenta ou timida, conseguem se ajudar, colaborando até para a "vitória" da outra.

Aiai... mais experiências virão.

=D

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Aulas de Fotografia


Faça um estúdio na sua escola!

Com apenas duas lâmpadas extras, móveis, e uma parede preta, e alguns isopores (rebatedores de luz) você pode criar um estúdio de fotografia que seus alunos vão amar!

Olha os resultados!

Obs.: Minha câmera é digital, simples demais!


























































































































quinta-feira, 17 de março de 2011

Belle Époque


Original:













Você pode ver esse video também em: http://www.youtube.com/watch?v=cbmPQ5CiGcE

Arte do Século XIX


Original:





















Mas você pode ver esse video também no Youtube: http://www.youtube.com/watch?v=gjL05EDdUxg


Arte Moderna



livro "Arte Brasileira para Crianças"




Conheci o livro numa disciplina de Arte do século 20, esse ano, e resolvi animar os desenhos, atraves de um programinha bem simples, que vocês podem fazer sem problemas... está no Youtube, para melhorar, animar suas aulas de História da Arte!

Grande abraço a todos!

Pri




Você pode ver esse vídeo em: http://www.youtub



Originais:

sábado, 26 de fevereiro de 2011

ABORDAGEM GESTÁLTICA – ABORDAGEM FENOMENOLÓGICA




ABORDAGEM GESTÁLTICA – ABORDAGEM FENOMENOLÓGICA
Semelhanças e diferenças
A Gestalt
“Gestalt é totalidade, configuração, plenitude. O conceito de totalidade envolve a relação entre o todo e suas partes, cujas interconexões harmoniosas e coerentes formam uma unidade significativa.” (Dicionário Aurélio)
Segundo a Psicologia da forma, Psicologia da Gestalt, Gestaltismo ou simplesmente Gestalt o cérebro é um sistema dinâmico no qual se produz uma interação entre os elementos, em determinado momento, através de princípios de organização perceptual como: proximidade, continuidade, semelhança, segregação, preenchimento, unidade, simplicidade e figura/fundo. Sendo assim o cérebro tem princípios operacionais próprios, com tendências auto-organizacionais dos estímulos recebidos pelos sentidos.

A Fenomenologia
“Fenomenologia (do grego phainesthai, aquilo que se apresenta ou que se mostra, e logos, explicação, estudo) afirma a importância dos fenômenos da consciência os quais devem ser estudados em si mesmos – tudo que podemos saber do mundo resume-se a esses fenômenos, a esses objetos ideais que existem na mente, cada um designado por uma palavra que representa a sua essência, sua "significação".” (Wikipédia)

Os objetos da Fenomenologia são dados absolutos apreendidos em intuição pura, com o propósito de descobrir estruturas essenciais dos atos (noesis) e as entidades objetivas que correspondem a elas (noema). A Fenomenologia representou uma reação à pretensão dos cientistas de eliminar a metafísica.
A fenomenologia seria o processo pelo qual tudo que é informado pelos sentidos é mudado em uma experiência de consciência, em um fenômeno que consiste em se estar consciente de algo. Coisas, imagens, fantasias, atos, relações, pensamentos eventos, memórias, sentimentos, etc. constituem nossas experiências de consciência.
Toda consciência é consciência de alguma coisa. Assim sendo, a consciência não é uma substância, mas uma atividade constituída por atos (percepção, imaginação, especulação, paixão, etc), com os quais visa algo.
As essências ou significações são objetos visados de certa maneira pelos atos intencionais da consciência. A fim de que a investigação se ocupe apenas das operações realizadas pela consciência, é necessário que se faça uma redução fenomenológica ou Epoché, isto é, coloque-se entre parênteses toda a existência efetiva do mundo exterior.
Na prática da fenomenologia efetua-se o processo de redução fenomenológica o qual permite atingir a essência do fenômeno.
As coisas, segundo Husserl, caracterizam-se pela sua não finalização devida, pela possibilidade de sempre serem visadas por noesis novas que as enriquecem e as modificam.
Husserl propôs então que, no estudo das nossas vivências, dos nossos estados de consciência, dos objetos ideais, desse fenômeno que é estar consciente de algo, não devemos nos preocupar se ele corresponde ou não a objetos do mundo externo à nossa mente. O interesse para a Fenomenologia não é o mundo que existe, mas sim o modo como o conhecimento do mundo se dá, tem lugar, se realiza para cada pessoa. A redução fenomenológica requer a suspensão das atitudes, crenças, teorias, e colocar em suspenso o conhecimento das coisas do mundo exterior a fim de concentrar-se a pessoa exclusivamente na experiência em foco, porque esta é a realidade para ela.
Na redução fenomenológica, a Noesis é o ato de perceber. Aquilo que é percebido, o objeto da percepção, é o noema. A coisa como fenômeno de consciência (noema) é a coisa que importa, e refere-se a ela a conclamação "às coisas em si mesmas" que fizera Husserl. "Redução fenomenológica" significa, portanto, restringir o conhecimento ao fenômeno da experiência de consciência, desconsiderar o mundo real, colocá-lo "entre parênteses", - o que no jargão fenomenológico não quer dizer que o filósofo deva duvidar da existência do mundo – como os idealistas radicais duvidam – mas sim que a questão para a fenomenologia é antes o modo como o conhecimento do mundo acontece, a visão do mundo que o indivíduo tem.
Consciência e intencionalidade. Vivência (Erlebnis) é todo o ato psíquico; a Fenomenologia, ao envolver o estudo de todas as vivências, tem que englobar o estudo dos objetos das vivências, porque as vivências são intencionais e é nelas essencial a referência a um objeto. A consciência é caracterizada pela intencionalidade, porque ela é sempre a consciência de alguma coisa. Essa intencionalidade é a essência da consciência, e é representada pelo significado, o nome pelo qual a consciência se dirige a cada objeto.
Resumindo: Se assemelham em alguns pontos, se distanciam em outros, mas, ambas as abordagens acabam se encontrando.
Gestalt X Fenomenologia

Diferenças
“Por exemplo, "um triângulo". Posso observar um triângulo maior, outro menor, outro de lados iguais, ou desiguais. Esses detalhes da observação - elementos empíricos - precisam ser deixados de lado a fim de encontrar a essência da idéia de triângulo - do objeto ideal que é o triângulo -, que é tratar-se de uma figura de três lados no mesmo plano. Essa redução à essência, ao triângulo como um objeto ideal, é a redução eidética.
No exemplo dado do triângulo, o "Invariante" do triângulo é aquilo que estará em todos os triângulos, e não vai variar de um triângulo para outro. A figura que tiver unicamente três lados em um mesmo plano, não será outra coisa, será um triângulo.” (www.cobra.pages.nom.br)
Para a Gestalt:

O cérebro é um sistema dinâmico no qual se produz uma interação entre os elementos, em determinado momento, através de princípios de organização perceptual como: proximidade, continuidade, semelhança, segregação, preenchimento, unidade, simplicidade e figura/fundo. Sendo assim o cérebro tem princípios operacionais próprios, com tendências auto-organizacionais dos estímulos recebidos pelos sentidos. Outros conceitos dessa teoria são supersoma e transponibilidade. Supersoma refere-se a idéia de que não se pode ter conhecimento de um todo por meio de suas partes, pois o todo é maior que a soma de suas partes: "(…) "A+B" não é simplesmente "(A+B)", mas sim um terceiro elemento "C", que possui características próprias". Já segundo o conceito da transponibilidade, independentemente dos elementos que compõem determinado objeto, a forma se sobressai. "(…) uma cadeira é uma cadeira, seja ela feita de plástico, metal, madeira ou qualquer outra matéria-prima."

Para a Fenomenologia:

A função das palavras não é nomear tudo que nós vemos ou ouvimos, mas salientar os padrões recorrentes em nossa experiência. Identificam nossos dados dos sentidos atuais como sendo do mesmo grupo ou tipo que outros que já tenhamos registrado antes. Uma palavra, então, descreve, não uma única experiência, mas um grupo ou um tipo de experiências; a palavra "mesa" descreve todos os vários dados dos sentidos que nós consultamos normalmente quanto às aparências ou às sensações de "mesa". Assim, tudo que o homem pensa, quer, ama ou teme, é intencional, isto é, refere-se a um desses universais (que são significados e, como tal, são fenômenos da consciência). E por sua vez, o conjunto dos fenômenos, o conjunto das significações, tem um significado maior, que abrange todos os outros, é o que a palavra "Mundo" significa.

Para a Gestalt:

Em uma mesa, por exemplo, há a Experiência Fechada: Esta lei está relacionada ao atomismo, pensamento anterior ao Gestalt. Se conhecermos anteriormente determinada forma, com certeza a compreenderemos melhor, por meio de associações do aqui e agora com uma vivência anterior, e que, não importando quantas e quais fossem as variações acidentais, fazia que fosse uma mesa e não outra coisa qualquer.

Para a Fenomenologia:

Husserl, por sua vez, retira do objeto a sua essência e a coloca na mente do homem. O objeto ideal mesa, o fenômeno da representação da mesa na mente, independe de que haja qualquer mesa no mundo externo, no mundo real, porque a essência de "mesa" está na própria mente.

Para a Gestalt:

Observando-se o comportamento espontâneo do cérebro durante o processo de percepção, chegou-se á elaboração de leis que regem esta faculdade de conhecer os objetos. Estas normas podem ser resumidas como:
- Semelhança: Objetos semelhantes tendem a permanecer juntos, seja nas cores, nas texturas ou nas impressões de massa destes elementos. Esta característica pode ser usada como fator de harmonia ou de desarmonia visual.
- Proximidade: Partes mais próximas umas das outras, em certo local, inclinam-se a ser vistas como um grupo.
- Boa Continuidade: Alinhamento harmônico das formas.
- Pregnância: Este é o postulado da simplicidade natural da percepção, para melhor assimilação da imagem. É praticamente a lei mais importante.
- Clausura: A boa forma encerra-se sobre si mesma, compondo uma figura que tem limites bem marcados.
- Experiência Fechada: Esta lei está relacionada ao atomismo, pensamento anterior ao Gestalt. Se conhecermos anteriormente determinada forma, com certeza a compreenderemos melhor, por meio de associações do aqui e agora com uma vivência anterior.

Para a Fenomenologia:

Como dito, não é a coisa existir ou não, ou como ela existe no mundo, o que importa, mas, sim, a maneira pela qual o conhecimento do mundo acontece como intuição, o ato pelo qual a pessoa apreende imediatamente o conhecimento de alguma coisa com que se depara. Também que é um ato primordialmente dado sobre o qual todo o resto é para ser fundado. Husserl definiu a Fenomenologia em termos de um retorno à intuição e a percepção da essência.

Gestalt X Fenomenologia

Semelhanças

Para a Gestalt:

Observando-se o comportamento espontâneo do cérebro durante o processo de percepção, chegou-se á elaboração de leis que regem esta faculdade de conhecer os objetos. Estas normas podem ser resumidas como:
- Semelhança: Objetos semelhantes tendem a permanecer juntos, seja nas cores, nas texturas ou nas impressões de massa destes elementos. Esta característica pode ser usada como fator de harmonia ou de desarmonia visual.
- Proximidade: Partes mais próximas umas das outras, em certo local, inclinam-se a ser vistas como um grupo.
- Boa Continuidade: Alinhamento harmônico das formas.
- Pregnância: Este é o postulado da simplicidade natural da percepção, para melhor assimilação da imagem. É praticamente a lei mais importante.
- Clausura: A boa forma encerra-se sobre si mesma, compondo uma figura que tem limites bem marcados.
- Experiência Fechada: Esta lei está relacionada ao atomismo, pensamento anterior ao Gestalt. Se conhecermos anteriormente determinada forma, com certeza a compreenderemos melhor, por meio de associações do aqui e agora com uma vivência anterior.

Para a Fenomenologia:

No entanto, a Fenomenologia não restringe seus dados à faixa das experiências sensíveis mas admite, em igualdade de termos, dados não sensíveis (categoriais) como as relações de valor, desde que se apresentem intuitivamente.

Para a Gestalt:

    Esta doutrina traz em si a concepção de que não se pode conhecer o todo através das partes, e sim as partes por meio do conjunto. Este tem suas próprias leis, que coordenam seus elementos. Só assim o cérebro percebe, interpreta e incorpora uma imagem ou uma idéia. Segundo o psicólogo austríaco Christian Von Ehrenfels, que em 1890 lançou as sementes das futuras pesquisas sobre a Psicologia da Gestalt, há duas características da forma – as sensíveis, inerentes ao objeto, e a formais, que incluem as nossas impressões sobre a matéria, que se impregna de nossos ideais e de nossas visões de mundo. A união destas sensações gera a percepção. É muito importante nesta teoria a idéia de que o conjunto é mais que a soma dos seus elementos; assim deve-se imaginar que um terceiro fator é gerado nesta síntese.

Para a Fenomenologia:

    Não podemos acreditar cegamente naquilo que o mundo nos oferece. No mundo, as essências estão acrescidas de acidentes enganosos. Por isso, é preciso fazer variar imaginariamente os pontos de vista sobre a essência para fazer aparecer o invariante. No entanto, a Fenomenologia não restringe seus dados à faixa das experiências sensíveis mas admite, em igualdade de termos, dados não sensíveis (categoriais) como as relações de valor, desde que se apresentem intuitivamente. Ou seja, por influência dos sentidos existem várias imagens possíveis de um objeto, porém todas elas significando a mesma coisa, ou seja, todas elas redutíveis ao mesmo significado, todas se referindo ao mesmo objeto ideal, contendo a mesma idéia, constituídas da mesma essência. Todas as imagens de mesa têm certos componentes que fazem com que cada uma das imagens signifique "mesa", uma mesa maior, menor, alta ou baixa, vista de cima ou de baixo, por uma pessoa míope ou por outra daltônica, não importa, terá sempre aqueles componentes básicos que garantirão a aquele objeto o significado de mesa.






REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

MERLEAU PONTY, Maurice. O olho e o espírito. São Paulo: Cosac & Naify, 2004.
________. Fenomenologia da percepção. Rio de Janeiro: Freitas Bastos, 1971.
Fenomenologia. Disponível em: < http://pt.wikipedia.org/wiki/Fenomenologia >. Acesso em: 21 de setembro de 2010, 09:42:02.
Gestalt. Disponível em: . Acesso em: 21 de setembro de 2010, 09:07:58.
Gestalt. Disponível em: < http://www.igestalt.psc.br/gestalt.htm >. Acesso em: 21 de setembro de 2010, 10:27:02.
Gestalt. Disponível em: < http://www.cobra.pages.nom.br/ftm-fenomeno.html>. Acesso em: 21 de setembro de 2010, 10:41:52.