sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

2010, Um ano de aprendizados! e pra vc?

O que vc aprendeu nesse ano? o que te marcou? o que vc mudou, o que desaprendeu? bom...



O que vc aprendeu nesse ano?O que te marcou?O que você mudou... ou desaprendeu?


....eu, aprendi a ter mais paciência...
Descobri, de novo, que as pessoas não são como eu, e eu não posso ter a obcessão de ser como elas.


     Eu tenho limites e os outros também! Surdos e Ouvintes são irmãos, Licenciandos e Bachareis podem ser amigos, musicos e artistas podem dar as mãos, professores PhDs são muito diferentes de mestres, diplomas fazem as pessoas serem arrogantes, ou não. E que posso esrever frases de mais de 6 linhas, porque não tenho mais professores no meu pé, quanto a regras que podam minha vontade de escrever,.... auhauhauahua!

Ser humilde é muito melhor do que explodir e por tudo a perder!


A arte não é tão simples assim.
Ler é bom, mas ler o que não me traz prazer, é melhor esquecer!



Psicologia é só pra quem gosta.

Currículo e avaliação é coisa de político.

Arte contemporânea é instigante, novas (velhas) tecnologias são legais, 
saiba usá-las!

Ser um professor-amigo que também é educador eh muito melhor do que um simples professor, já dizia Ruben Alves.

Bem, cresci muito esse ano, e espero que em 2011 eu me forme e não tenha muitas sequelas... de professores impacientes, colegas estressados, motoristas apressados que nos deixam em pânico, passageiros revoltados pelos atrasos, macacos esfomiados pelo Câmpus em assaltos constantes...

Feliz Ano Novo para todos nós, que Deus continue nos abençoando.

Agora é a sua vez: O que te fez pensar?

Surdos: uma cultura diferente da nossa


Surdos: uma cultura diferente da nossa Por Priscila Macedo
Gosto quando Lulu Santos diz:
“Não existiria som Se não houvesse o silêncio,
Não haveria luz
Se não fosse a escuridão A vida é mesmo assim, Dia e noite, não e sim...
Cada voz que canta o amor não diz
Tudo o que quer dizer,
Tudo o que cala fala
Mais alto ao coração. Silenciosamente eu te falo com paixão...
A vida é mesmo assim,
Dia e noite, não e sim...
Eu te amo calado,
Como quem ouve uma sinfonia De silêncios e de luz.
Nós somos medo e desejo,

Somos feitos de silêncio e som,

Tem certas coisas que eu não sei dizer...”



E é isso... tem certas coisas que eu não sei dizer. Não sabia. Talvez eu as tenha aprendido com tantas experiências que tenho tido ultimamente. Sabe, é isso. Á um tempo conheci o mundo dos Surdos.

Confesso que ainda conheço, conhecendo estou. Seria? No início Deus disse haja luz, e num instante entendi.

Compreendo desde então que usar as palavras não é mais importante e significativo como eu pensava. Os são? Sim. Mas os gestos, um olhar, uma expressão. Ah! São mais significativos que qualquer palavra ou poema drummondiano. Como? O sendo. Crianças surdas. Como alfabetizá-las?
Impossível!
Cria piamente. Hoje? Tudo é possível ao que crê. Já dizia Paulo aos Filipenses. É. É possível. E crianças surdas com deficiência mental? É possível. E surdos-cegos, MEU DEUS? É possível. Eles são como nós, como uma nação em meio a outra.

São diferentes como qualquer estrangeiro.
Então? Falta-lhes o nosso amor. A nossa amizade. Como os vemos? Coitados? Que dó. Que isso. São gente, e como gente precisam de mais gente. Como? Existe a LIBRAS! Se comunicam. Não são palhaços. Não são gênios da mímica, “engraçadinhos”.

São gente.

Professores, instrutores, artistas e mais um monte! Amo essa gente! Eles precisam dia após dia ganhar o mundo, mas conseguem sozinhos? As vezes sim, as vezes não. Quantos telefonemas para parentes distantes, marcar consultas por 0800s... e mais um monte que já não tive que fazer para ajudar amigos, até desconhecidos? A realidade: não estamos preparados pra tantas diferenças. Erramos? Nem tanto. Há culpados? Creio que não. O governo? Para neh. Sei lá. Inclusão? Que conversa pra boi dormir. Quem inventou isso? Um político? ...


Bom, continuando a questão de Lulu...
“Cada voz que canta o amor não diz Tudo o que quer dizer, Tudo o que cala fala Mais alto ao coração. Silenciosamente eu te falo com paixão...” Assim, hoje, encontrei alguém que me completa: “Não existiria som Se não houvesse o silêncio, Não haveria luz Se não fosse a escuridão A vida é mesmo assim, Dia e noite, não e sim...”
Temos vivido bem. Nunca o vi como surdo, como alguém faltando algo. Eu é que sempre senti algo faltando, como a faca e o queijo, a luz e a estrela, o incerto e o perfeito, o branco e o preto. Uma eterna antítese que não sendo paralelas, se encontram sempre, quebrando assim qualquer regra de não e sim, e pode e não pode, e que é certo, e “que estranho” e tal e coisa. Somos assim. Diferentes. Iguais! Vamos dar as mãos?

Ops, se for assim, um tem que ficar fora da roda: interpretando!

(Façamos um esforço) =D